São Luís, capital do Maranhão, esconde tesouros arquitetônicos em seu Centro Histórico, tombado pela UNESCO.
Andar por suas ruas é mergulhar em séculos de história colonial, refletida nos casarões de fachadas coloridas e nos azulejos portugueses que revestem palácios, igrejas e sobrados.
A cada esquina, um fragmento do passado se revela, convidando o visitante a explorar detalhes que misturam tradição e arte contemporânea.
História e patrimônio arquitetônico
O Centro Histórico de São Luís nasceu no século 17, quando colonizadores franceses se instalaram na Ilha de São Luís. Depois, portugueses consolidaram a cidade, erguendo sobrados de ‘pé-direito’ alto, janelas amplas e sacadas de ferro forjado.
Ao caminhar pela Rua Portugal e pela Rua do Giz, é possível avistar construções originais com portas chanfradas e brasões entalhados, vestígios de famílias tradicionais que moldaram a economia do ciclo do açúcar.
A memória urbana segue viva em museus como o Palácio dos Leões — sede do governo estadual — e na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, cuja sacada em madeira entalhada data de 1727.
Esses edifícios resistem ao tempo graças a programas de restauração que recolocam azulejos danificados e recuperam pintura exterior, preservando a autenticidade dos detalhes coloniais.
Esse turismo histórico chama bastante atenção de empresas rodoviárias, como a Águia Branca, que sempre buscam por novos destinos de interesse dos turistas!
Criatividade nos azulejos
Os azulejos portugueses chegaram ao Brasil no século 18 e ganharam releitura local em São Luís. Nas fachadas, combinam padrões geométricos e florais em tons de azul, verde e amarelo, criando um mosaico que dialoga com a luz tropical.
Em muitas casas, artesãos maranhenses mesclam técnicas tradicionais com manifestações contemporâneas, pintando figuras de bumba-meu-boi ou símbolos indígenas sobre o revestimento cerâmico.
Essa fusão entre passado e presente se destaca nas oficinas de cerâmica de Oficinas do Canto, onde os artistas locais produzem azulejos sob medida para projetos de restauração e arte urbana.
Visitá-las permite aprender sobre processo de fabricação — desde a modelagem da argila até a queima em fornos artesanais — e até comprar peças exclusivas que levam a marca de São Luís para além dos seus muros.
Garanta sua passagem de ônibus para ver a beleza dos azulejos e sua criatividade!
Roteiros de visita
Para aproveitar o Centro Histórico, sugiro iniciar pela Praça Gonçalves Dias, ponto estratégico que concentra casarios, cafés e pequenas galerias.
Em seguida, desça até a Rua do Comércio e explore o Mercado das Tulhas, onde antigas lojas remontam ao século 19, vendendo artesanato e iguarias locais.
No fim da tarde, siga para o Largo do Carmo: o mirante improvisado na escadaria da Igreja do Carmo oferece vista panorâmica dos telhados coloniais tingidos de laranja.
A luz dourada realça os relevos dos azulejos e dá nova vida ao conjunto arquitetônico, perfeito para fotos e contemplação.
Dicas práticas e acesso
Quem vem de fora do estado costuma pesquisar a passagem de ônibus para São Luís ou de outras capitais do Nordeste.
A chegada na Rodoviária Novas gera fácil conexão de linhas urbanas em poucos minutos até o Centro Histórico. Dentro da região, as ruas são acessíveis a pé, mas há também pequenos trenzinhos turísticos que fazem paradas estratégicas nos principais pontos de interesse.
Para garantir uma visita tranquila, confira o calendário de eventos culturais, como a Feira do Reggae e a Festa de São Marçal, quando o Centro Histórico ganha vida extra com apresentações de música e dança.
Use calçado confortável e leve água, pois o calor equatorial pode ser intenso, e reserve ao menos um dia inteiro para absorver a riqueza de detalhes que só São Luís oferece.