Algumas mudanças no dia a dia podem passar despercebidas, como um leve aumento na conta de luz ou alimentos que estragam mais rápido. Mas, quando se trata de economia doméstica e do bom funcionamento da casa, até os pequenos sinais devem ser observados.
Isso vale especialmente para um dos eletrodomésticos mais essenciais da cozinha: a geladeira. Quando o equipamento está em bom estado, ele cumpre seu papel com eficiência, contribuindo diretamente para a conservação dos alimentos e para a redução no consumo de energia.
Sinais de que o consumo de energia está acima do ideal
No entanto, alguns sintomas sutis podem indicar que ela está gastando mais do que o necessário e ignorar esses sinais pode pesar no bolso ao longo do tempo.
O motor não para de funcionar
Um dos sinais mais clássicos de que há algo errado é o barulho constante do motor. Se ele está sempre ligado ou leva muito tempo para desligar, significa que o aparelho está fazendo mais esforço do que deveria para manter a temperatura ideal. Isso pode indicar um problema no termostato, na borracha da porta ou mesmo no isolamento térmico do equipamento.
Formação exagerada de gelo
Se a parte interna do freezer está constantemente coberta por camadas grossas de gelo, o problema pode estar na vedação ou no sistema de degelo. Esse acúmulo obriga o compressor a trabalhar mais, aumentando o consumo de energia e comprometendo o resfriamento ideal dos alimentos.
Temperatura interna instável
Notou que os alimentos estão congelando em uma prateleira e azedando em outra? Essa oscilação de temperatura é um sinal claro de que a distribuição interna de ar frio não está acontecendo como deveria. O problema pode estar relacionado ao sensor de temperatura, ao ventilador interno ou até mesmo à forma como os itens estão dispostos nas prateleiras.
Conta de luz mais alta
Se o valor da conta aumentou sem que tenha havido mudanças significativas na rotina da casa, o eletrodoméstico pode estar entre as causas. Por ser um dos aparelhos que ficam ligados 24 horas por dia, qualquer falha em sua eficiência reflete diretamente no consumo mensal.
O que pode estar comprometendo a eficiência do refrigerador?
Mesmo que o equipamento ainda esteja em funcionamento, alguns fatores externos e de uso comprometem o desempenho e fazem com que o gasto energético seja maior do que deveria.
- Borracha de vedação ressecada ou com rachaduras: facilita a entrada de ar quente e obriga o motor a trabalhar dobrado;
- Porta desalinhada: o fechamento inadequado gera as mesmas consequências da vedação comprometida;
- Excesso de alimentos ou má distribuição interna: impede a circulação de ar frio e causa sobrecarga;
- Falta de espaço para ventilação na parte traseira: impede a dissipação de calor e reduz a eficiência do condensador.
Quando vale a pena trocar o equipamento?
Se os sinais mencionados são frequentes e as manutenções se tornaram rotina, pode ser hora de considerar a substituição do eletrodoméstico. Modelos muito antigos, sem selo de eficiência energética atualizado, tendem a gastar muito mais do que as versões modernas.
Além disso, a dificuldade para encontrar peças de reposição, a ausência de tecnologias de economia e o barulho excessivo também são sinais de que o aparelho já não atende mais às necessidades atuais. Investir em um novo equipamento pode parecer um gasto alto à primeira vista, mas pode representar uma economia significativa na conta de luz a médio e longo prazo.
Dicas simples para manter o consumo sob controle
Mesmo as melhores opções no mercado precisam de cuidados básicos para manter o desempenho ideal. Algumas atitudes simples fazem toda a diferença:
- Evite abrir a porta com frequência ou deixá-la aberta por muito tempo;
- Mantenha espaço entre a parede e o fundo do eletrodoméstico para ventilação;
- Não coloque alimentos ainda quentes no seu interior;
- Limpe o condensador (parte de trás) periodicamente, retirando a poeira acumulada;
- Faça o degelo regularmente, caso o modelo não seja frost free.
Adotar esses cuidados ajuda a prolongar a vida útil do equipamento e, principalmente, a evitar desperdícios energéticos que impactam diretamente no orçamento da casa.